🐾🌫️ PARNIR
- Richer S Cerqueira
- 3 de ago.
- 2 min de leitura
Os Escutadores do Silêncio
🔹 NOME COMUM: Parnir
🔹 Nomes regionais:
Deslizantes de Névoa (caçadores do leste)
Ouvidos do Fragmento (eremitas arcanos)
Rastros de Estalo (monges oraculares)
🔸 CLASSIFICAÇÃO:
Criatura de pequeno porte, nativa das florestas densas e silenciosas de Akatar, com habilidade mágica passiva e comportamento furtivo.
O Parnir é considerado uma espécie pré-fragmentária — ou seja, sensível às camadas de magia instável da Casa Fantástica, mesmo sem interagir diretamente com elas.
🔸 APARÊNCIA:
Corpo alongado e elástico, do tamanho de um gato médio, com silhueta que lembra um lagarto de patas longas, mas com a leveza de um esquilo.
A pele é feita de placas semirrígidas, como se fossem escamas grandes, achatadas e finas, sobrepostas com padrão irregular — parecem pétalas de vidro translúcido, com reflexos sutis que se adaptam ao ambiente.
As patas dianteiras são ágeis como as de felinos, com dedos finos, garras retraídas e mobilidade independente para escalar ou se agarrar em galhos.
A cauda é longa, espiralada, e se enrola como um tentáculo sensível — usada tanto pra equilíbrio quanto pra "ouvir" o ambiente.
O rosto é angular, com focinho estreito, orelhas curtas como de gato-do-mato, e olhos negros profundos, sem brilho, mas intensamente vivos.
Ao se mover, ele parece derreter sobre os galhos, com fluidez entre animal e sombra.
Em repouso, quase desaparece — as placas refletem musgo, tronco, luz difusa, como um camaleão sem pigmento, só transparência.

🔸 COMPORTAMENTO:
Solitários. Muito raramente vistos em pares.
Costumam se manter nas alturas médias da floresta, entre 3 e 10 metros do chão.
Alimentam-se de vibrações sonoras mágicas residuais — como ecos de fragmentos ou sons contidos em rituais incompletos.
Não atacam. Não vocalizam.
Quando se sentem ameaçados ou interessados, soltam um estalo curto e agudo com a língua.
🔸 PODER E RELEVÂNCIA:
O estalo do Parnir tem efeito indireto:
Reativa fragmentos instáveis, fazendo com que brilhem, vibrem ou revelem sua presença.
Pode interferir em encantamentos silenciosos, desfazendo efeitos ilusórios sutis.
Alguns fragmentos “adormecidos” reagem ao Parnir como se fossem acordados de um sonho.
Antigos guias de campo chamam esse estalo de:
“O clique do limiar.”
🔸 SIMBOLOGIA:
Considerado por magistas e andarilhos como presságio de transição.
Em contos infantis, diz-se que se um Parnir te olhar fixamente por tempo demais, você está prestes a entrar em um lugar que não devia.
Alguns caçadores acreditam que encontrar um Parnir é sinal de que há uma bifurcação invisível no caminho — entre o que é real e o que quase foi.
🔸 UTILIZAÇÃO NARRATIVA:
O Parnir pode aparecer discretamente em cenas onde há magia instável, fragmentos ocultos ou eventos prestes a acontecer.
Sua presença nunca é à toa: ele marca algo invisível que está prestes a se revelar.
Pode servir como guia inconsciente — quando um personagem o segue, sem saber por quê, e acaba descobrindo algo oculto.
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