
O Quarto Número 1 da Casa do Colapso é uma câmara enigmática que esconde histórias sombrias entre suas paredes. À primeira vista, pode parecer apenas um quarto antigo, mas cada objeto aqui conta um pedaço de uma trama mais obscura. A mobília é decididamente antiquada: uma cama de ferro de casal adornada com um colchão de penas e envolta por um véu branco, que lhe confere uma aura quase etérea. Uma poltrona marrom desgastada se aconchega ao lado de um criado-mudo de ferro, sobre o qual repousam frascos de perfumes, batons desbotados e um cinzeiro antigo, evocando a presença de alguém há muito desaparecido. O armário preto ao lado, de madeira envelhecida, e um ventilador de ferro pendente no teto completam o cenário de um tempo esquecido.
As paredes de um salmão claro exibem marcas onde quadros outrora pendurados foram violentamente arrancados e escondidos sob a cama, um sinal dos conflitos que este quarto presenciou. Este quarto já foi o refúgio de Daria, uma moça de notável beleza com cabelos negros longos, olhos verdes penetrantes e pele pálida. Seu destino trágico se desenrolou quando seu marido, consumido pela loucura, assassinou seu filho e ocultou o corpo no armário. Ao descobrir a terrível verdade, Daria foi a próxima vítima, cruelmente assassinada pelo marido com um facão.
Keller, um observador sombrio desses eventos, interveio com fúria. Em um ato de retribuição sobrenatural, ele fez com que braços emergissem das paredes e do teto, apreendendo e desmembrando o marido. No auge de sua agonia, o marido conseguiu perfurar seu próprio coração com o facão. O espírito do garoto ficou preso no armário, deixando o quarto amaldiçoado com manifestações espetrais contínuas desses braços vingativos.
Keller, mais tarde, usando a energia sombria da casa, conseguiu ressuscitar Daria, mas falhou em trazer de volta seu filho. Revivida mas eternamente silenciosa, Daria agora perambula pelo Quarto Número 1, uma presença fantasmagórica presa em um limbo entre a vida e a morte, rodeada pelas sombras de um passado que continua a ecoar pelas paredes deste quarto amaldiçoado.
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