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BEBE FEIO

Foto do escritor: Richer S CerqueiraRicher S Cerqueira


Em uma noite silenciosa, o hospital onde o médico realizava seus experimentos sombrios foi consumido por um incêndio devastador. O fogo se alastrou rapidamente pelos corredores, engolindo as alas onde ele guardava suas criações, seres distorcidos pela ciência e pela insanidade.

Entre as aberrações estava um bebê recém-nascido, com o tamanho de uma criança de quase um ano de idade. Ele não era um bebê comum. Sua aparência era perturbadora: seus dedos e pés eram retorcidos em ângulos impossíveis, cada um adornado por pequenas garras afiadas. Um fungo estranho crescia em diversas partes de seu corpo, emitindo um odor acre. O rosto do bebê era ainda mais assustador, com uma pele solta e enrugada, como se fosse excessiva para seu tamanho, conferindo-lhe uma expressão bizarra e distorcida.

Quando o incêndio começou a devorar o hospital, o bebê, movido por um instinto primitivo, fugiu da sala onde estava preso. Seu olfato aguçado o guiou até o berçário, onde o cheiro de recém-nascidos queimados o atraiu. O caos e o calor das chamas aumentavam sua fome, e ele, em um ato grotesco de sobrevivência, devorou a maioria dos bebês que encontrava.

Horas depois, quando o fogo começou a perder força, o bebê foi encontrado escalando as paredes chamuscadas do berçário, como uma criatura animal. Ele subia e caía repetidamente, em um ciclo bizarro e compulsivo, chorando enquanto despencava do teto e se estatelava no chão.

Foi nessa cena que Levinse e Briana o encontraram. A visão do bebê os deixou horrorizados. Decidiram deixá-lo ali, sem saber se aquilo era um ser humano ou uma criatura de outro mundo. Continuaram seu caminho, incapazes de lidar com o que haviam visto.

Mais tarde, porém, Mike e Keller, o Necromancer, retornaram ao hospital destruído. Eles sabiam o que aquela criatura representava e, movidos por um propósito oculto, resgataram o bebê, levando-o para o quarto 22 da Casa Neutra.





O "Bebê Feio" é uma criação bizarra e perturbadora, resultado das experimentações de um médico obcecado em desafiar os limites da vida e da morte. Seu corpo é uma amálgama de deformidades e mutações: seus dedos tortos possuem pequenas garras, que ele usa tanto para se agarrar às paredes quanto para atacar quando se sente ameaçado. O fungo que cresce em sua pele não apenas o desfigura, mas parece ter propriedades parasitárias, alimentando-se de sua carne e, talvez, de algo mais sombrio.

Embora seja jovem, o Bebê Feio tem uma natureza predatória, guiada por instintos primários de sobrevivência. Sua fome é insaciável, e ele não faz distinção entre o que deve ou não devorar. Seu choro, que deveria ser o de uma criança indefesa, ecoa com um som quase sobrenatural, misturado com ruídos que lembram a agonia de algo que nunca deveria ter nascido.

Apesar de seu comportamento grotesco e animal, existe uma inteligência estranha por trás de seus olhos. Não é a inteligência humana comum, mas algo mais profundo, como se ele estivesse conectado a forças desconhecidas que transcendem a realidade mortal. É por essa razão que Mike e Keller o levaram: o Bebê Feio pode ser a chave para algo maior, ou talvez apenas uma peça em um jogo cósmico que eles ainda estão tentando entender.

Dentro do quarto 22, o Bebê Feio agora é monitorado, estudado e, quem sabe, preparado para um destino que nem ele próprio compreende.





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